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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Foto sobre o elásticos de classe III

Amigos na postagem anterios que publiquei sobre elasticos de classeIII, faltou essa foto:

Quadri helice

Juntamente com o arco utilidade e as mecânicas
seccionais14,18, o aparelho quadrihélice tornouse
parte integrante da técnica bioprogressiva3, pois
confere rapidamente uma forma harmoniosa ao
arco superior, a qual repercute no arco inferior. O
aparelho quadrihélice foi introduzido por Ricketts
em 19752 , e é uma modificação do aparelho
“W”, de Porter. Foi usado, inicialmente, com grande
sucesso, pelo autor, no tratamento precoce dos
pacientes fissurados com deficiências unilaterais
ou bilaterais. A expansão ocorre desde que a força
aplicada no complexo dentoalveolar seja superior
aos limites do movimento transversal ortodôntico,
ou seja, a partir de 3 newtons para uma criança.
O aparelho comprime os ligamentos periodontais,
desloca os processos alveolares, inclina os dentes
de ancoragem e abre gradualmente a sutura mesopalatina13.
A grande modificação criada por Ricketts
no aparelho de Porter foi a confecção de
quatro loops helicoidais, os quais acrescentaram
um adicional de fio que varia de 40 a 50mm. Tal
modificação teve o propósito de suavizar a magnitude
de força e promover, desse modo, uma
ação mais contínua (devido ao maior alcance de
ativação pelo fato de o fio ser mais longo).
R Dental Press Ortodon Ortop Facial 156 Maringá, v. 11, n. 2, p. 128-156, mar./abril 2006

Ativações que podem ser feitas no quadri hélice:
Uma variação muito útil do quadri hélice é o hexa hélice, muito utilizado em casos de classe III, pela bioprogressiva.
Veja o hexa hélice e suas ativações:
 Quem quiser saber mais sobre o assunto é só ver o artigo do professor Mario Sergio Duarte no seguinte link:
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v11n2/a16v11n2.pdf


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mordida aberta

Esta paciente também encontra-se em tratamento na ABCD, inicialmente foi colocado um Quad-helix Modificado com uma grade anterior, juntamente com uma mecânica de arco reto, porém ela quebrou a grade 3 vezes, por esse motivo preconizou-se uma mecânica, com a confecção de um arco para o fechamento da mordida e utilização de elásticos 5/16 médio para auxiliar no fechamento da mordida.
Veja abaixo o arco e os elásticos:




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

elasticos de classe III

Para quem pediu sobre elásticos, vai a maneira como utilizamos na clínica:
Para pacientes adultos:
1- se o paciente tiver mordida cruzada posterior utilizar o quad-helix para o descruzamento posterior ou hexa-helix, que além de auxiliar no descruzamento posterior ajuda no descruzamento anterior.
2- se a mordida estiver travada na região anterior, utilizamos o quad-helix para descruzar na posterior e o Arco utilidade, para intrusão dos incisivos (sup. e inf).
3- lembra que torque para compensar a classe III é uma "fria", após a intrusão podemos utilizar um A.U. de avanço (sup).
4- para auxiliar nesta compensação podemos utilizar elasticos 3/16 pesados com a seguinte componente de classe III preconizada pelo professor Mario Sergio.




Os elásticos devem ser utilizados 24 horas.
Caso o paciente esteja utilizando um A.U. inferior , faça este em "Z" para prender os elásticos.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

MESTRES DA ORTODONTIA ROBERT MURRAY RICKETTS

Dr. Robert M. Ricketts nasceu e cresceu em uma fazenda em Kokomo, Indiana. Ele freqüentou
a escola de odontologia em Indiana e era um estudante determinado em ortodontia na
Universidade de Illinois então sob a direção de Dr. Allan G. Brodie. Ele também serviu como
tenente na marinha dos Estados Unidos. Dr. Ricketts recebeu incontáveis prêmios nacionais e
internacionais foi um perito e uma autoridade na ciência do desenvolvimento craniofacial
humano. Teve um papel ativo e influenciou o processo educacional ortodôntico no EUA e em
diversas universidades internacionais. Ele foi o fundador do American Institute of
Bioprogressive Education ecolaborou para instituir a Foundation for Orthodontic Research
(FOR). Foi um dos fundadores da terapia bioprogressiva e um dos maiores incentivadores no
desenvolvimento de diagnósticos com ajuda do computador. Dr. Ricketts desenvolveu uma
variedade de produtos ortodônticos inovadores que são usados em todo o mundo. Ele
publicou inumeráveis artigos, inclusive o texto de referência Provocations and Perceptions in
Cranio-Facial Orthopedics, e influenciou a forma de pensar de todos os ortodontistas
contemporâneos. Sua influência dele espalhou-se na profissão. Maiores detalhes sobre a sua
brilhante e colorida vida encontram-se em sua autobiografia - The Reappearing American. Dr.
Ricketts continua a viver através de seus quatro filhos e cinco netos: Robin Machette, Piedmont,
California; Gale Ricketts, New York, NY; Craig Ricketts, Scottsdale, Arizona; Anastarr Ricketts,
Telluride, Colorado.
·O ARCO BASE NA TÉCNICA DE RICKETTS
O "Utility Arch", conhecido entre nós como "Arco Base", é assim chamado em razão de uma
posição do jogo de beisebol, tão popular nos E.U.A. Tal posição representa uma espécie de
"curinga" do jogo: capaz de trabalhar em qualquer situação. Com efeito, a partir de pequenas
modificações, o Arco Base pode efetuar movimentos de intrusão, extrusão, avanço, recuo,
controle de torque, movimentos assimétricos, além de participar ativamente na construção ou
na manutenção da ancoragem.
Na sua forma básica, ele é o participante mais assíduo da Mecânica da Terapia Bioprogressiva
de Ricketts e representa a característica mais importante desta tão inteligente forma de
terapia ortodôntica: a MECÂNICA SECCIONAL, que possibilita ações independentes e
perfeitamente controladas nos três planos do espaço. Para que você possa utilizá-lo de
maneira segura, siga os conselhos do Dr. Ricketts:
1- APRENDA a tirar todo o proveito deste dispositivo de "mil e uma utilidades". Ele insere-se
MESTRES DA ORTODONTIA
ROBERT MURRAY RICKETTS
nos molares e passa ao largo dos premolares e caninos, possibilitando movimentos que arcos
contínuos não conseguem fazer com igual controle. Tanto incisivos superiores como inferiores
podem ser manipulados com o Arco Base;
2- USE o Arco Base para abrir a mordida ANTES de iniciar a retração dos anteriores. As
pesquisas mostram que abrir a mordida através da extrusão dos dentes posteriores põe em
risco a estabilidade. Reduzir mordidas profundas por meio de rotação da mandíbula no
sentido de abertura tende a recidivar. Intruindo os dentes anteriores e eliminando as
interferências, estaremos protegendo a A.T.M., evitando que os côndilos sejam forçados para
trás nas cavidades glenóides;
3- NÃO se assuste se as raízes dos incisivos convergirem e as corôas divergirem um pouco
durante a intrusão com o Arco Base. Os alvéolos são mais estreitos na região dos ápices.
Raízes um pouco convergentes fazem com que elas se mantenham afastadas dos caninos,
fazem com que elas retornem aos seus trajetos de erupção e as mantém seguras em relação
ao osso cortical, que poderia tornar o tratamento mais longo dificultando a intrusão.
4- LEMBRE-SE que, quando possível, você poderá utilizar seus Arcos Base precontornados em
vários tamanhos,precisando apenas adaptá-los ao caso. Porém, fabricá-los na hora sob
medida, é uma tarefa fácil (desde que você saiba como fazê-lo);
5- CONSTRUA seus Arcos Base com alças em "T" ou "L" entre os incisivos em casos de dentes
apinhados, onde bráquetes contíguos não estejam nos mesmos planos do espaço. Tenha
sempre em mente que fios contíguos mesmo extremamente leves, sofrendo deflecções em
espaços inter-bráquetes reduzidos, podem gerar forças muito mais pesadas do que se
imagina. Tais excessos serão absorvidos pelo periodonto e poderão, no mínimo, prolongar o
tempo de duração do tecido hialinizado, dificultando e prolongando o tratamento. As alças
garantem forças mais leves e controle da movimentação. As raízes agradecerão por sua
integridade;
6- TENHA EM MENTE que para alinhar dentes apinhados, você precisa de... ESPAÇO.
Dependendo de quanto você necessita, com o Arco Base você pode conseguir;
7- USE o Arco Base nos incisivos inferiores, em tenra idade, nos pacientes com Classe II, 1 e
protrusão maxilar acentuada. Em conjunto com Tração Extra-Oral aplicada aos molares
superiores há redução do overjet e conseqüentemente melhora do selamento labial;
8- INICIALMENTE, para o total controle dos molares inferiores, comece com 4 movimentos:
ação de verticalização (30 graus), Torque bucal de raiz (os tubos das bandas pré-soldados da
prescrição de Ricketts já vem com 22 graus - com mais 15 graus, totalizam 37 graus). Rotação
distal (12 graus já no tubo), e Expansão de 1 centímetro de cada lado nas extremidades
posteriores;
9- ACREDITE: toda a arcada inferior, nas mordidas profundas com Curva de Spee acentuada,
mover-se-á para distal. Com a intrusão dos incisivos inferiores e a verticalização dos molares
submetidos ao Torque bucal de raiz, a ancoragem destes dentes contra a placa cortical, fará
com que molares se inclinem para distal e carreguem consigo toda a arcada. Deverá ser
exercido controle desta inclinação;
10- CERTIFIQUE-SE de dobrar as extremidades distais do Arco Base para travá-lo
funcionalmente. Caso contrário, ele deslizará no tubo (as extremidades dobradas poderão
servir para prender os elásticos de Classe II quando sua utilização for necessária);
11- COLOQUE o degrau vertical posterior bem justo contra o tubo do molar. Caso contrário,
as pressões mastigatórias poderão deformar o arco anterior ao tubo; afastando-o do
rebordo. Quando isso ocorre, o molar é girado mesialmente e será inclinado excessivamente
para lingual, além de sobrecarregar o periodonto;
12- UTILIZE para a confecção de seu Arco Base para a arcada inferior, o fio Elgiloy quadrado,
de 016 X.016 de polegada. O momento de força por ele produzido é suficiente para realizar a
inclinação do molar em um certo período de tempo, dentro dos limites de segurança. Formas
de arcos mais pesados ou mesmo que gerem forças fora do controle do ortodontista,
provocam esclerose óssea e inibem a movimentação dos incisivos;
13- QUANDO os incisivos inferiores estiverem apinhados e inclinados para lingual, use alças
auxiliares de avanço, que colocadas de forma inteligente, poderão ao mesmo tempo,
avançar, alinhar, nivelar e intruir, sem jogá-los contra os caninos;
14- NO SETOR anterior, lembre-se que o arco passivo, na prescrição de Ricketts, já
automaticamente coloca os incisivos a 16 graus em relação ao Plano Oclusal;
15- NÃO se preocupe se um dos lados mover mais depressa que o outro. Um exame
cuidadoso poderá revelar se na intrusão dos incisivos laterais está colidindo com o canino,
com a cortical óssea, ou ainda se o arco sofreu uma deformação;
16- PARA intruir seletivamente apenas os incisivos centrais superiores, use o mesmo fio (0.16
X 0.16). A ponte mais longa e a superfície maior representada pelas raízes maiores desses
dentes estão no limite da força exercida por esse arco. Quando eles estiverem ao nível dos
incisivos laterais, construa outro arco para continuar a intrusão em conjunto;
17- CONSIDERE a utilização de forças auxiliares para intrusão dos incivos superiores. Alguns
clínicos preferem o fio mais grosso, de .017 X .022. É bom lembrar que forças mais pesadas
para os incisivos também exercerão sua ação nos molares e poderão extruí-los, provocando
prematuridade. Considere arcos seccionais ou outros auxiliares para reforçar a ancoragem
dos molares. É sempre mais seguro considerar forças mais leves;
18- SE você usar um High-pull anterior como auxiliar para a intrusão nunca use mais de 150
gramas de força. Como diz o Dr. Ricketts, força excessiva pode matar um dente... ou
simplesmente inibir qualquer movimentação;
19- SE você usar Arco Base de Contração para fechar espaços, fique atento para o reforço da
ancoragem dos molares. Nunca use mais de 100 gramas de força para a retração dos
incisivos inferiores. É sempre útil MEDIR a força que você pretende usar;
20- QUANDO você terminar de intruir os caninos individualmente, após a intrusão dos
incisivos, não se esqueça de amarrá-los ao Arco Base, se ainda não tiver chegado a hora de
estabilizá-los com os arcos seccionais;
21- APÓS terminadas as ações de posicionamento dos incisivos e verticalização, distoversão e
ancoragem cortical dos molares, utilize o Arco Base passivo para segurar os resultados que
você conseguiu, enquanto tranqüilamente trabalha nos setores intermediários com um arco
resiliente "overlay", ou seccionais com alça;
22- USE os molares inferiores como ancoragem para elásticos de Classe II, suportados por
Arco Base quando você tiver preparado com êxito a ancoragem cortical. Ao contrário do
edgewise clássico, se o Arco Base for corretamente utilizado, não há necessidade de elásticos
de Classe III para evitar o avanço dos incisivos inferiores como conseqüência das ações de
nivelamento, alinhamento e correção da Curva de Spee acentuada.
23- EM pacientes adultos, use seu Arco Base contra os segundos molares inferiores. Movendo
estes dentes para distal, ou simplesmente verticalizando-os, o arco servirá de apoio para
verticalizar os primeiros molares com uma cadeia elástica. Isto concorrerá para ajudar no
problema das discrepâncias de comprimento de arco, antes da utilização da arcada inferior
como ancoragem para a resolução de uma situação de Classe II.

Fonte de informação: "American Institute for Bioprogressive Education", Ricketts Advanced
Seminar Sylabus - vol. II, pgs. 556, 564, 565

Modificação na Biomecânica de retração dos caninos na técnica bioprogressiva de Ricketts.

Aí vai o resumo de um trabalho feito pelo professor Mario Sergio Duarte.
Quem tiver interesse , abaixo do resumo estarão os dados da revista onde foi publicado.
Resumo
>O intuito deste trabalho foi apresentar uma modificação realizada na biome-
cânica de retração dos caninos na técnica Bioprogressiva de Ricketts, para os tratamentos realizados com indicação de extração terapêutica de pré-molares. É muito comum, nos estágios intermediário e final da retração dos caninos, esses dentes apresentarem algum tipo de rotação, como também, um certo descontrole no sentido axial, o que é indesejável levando-se em consideração o tempo de tratamento e o sistema de ancoragem. A técnica consiste em colocar um fio guia de aço 0.014” em conjunto com os arcos seccionais de retração dos caninos superiores e inferiores com a finalidade de proporcionar melhor contro
le rotacional desses dentes.

Você pode encontrar este artigo na íntegra em:
R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 3 - jun./jul. 2005